segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Parem de fingir surpresa

O DEM finge que tomou a decisão apenas hoje. Cícero Lucena finge ter ficado surpreso. José Maranhão não soube fingir a sensação de derrota e saiu-se com uma frase de efeito: "É uma aliança coerente", como que insinuando que forças retrógradas estão se unindo contra ele.
Entenda-se por retrógrada toda e qualquer aliança que não inclua o PMDB.
Ricardo reagiu naturalmente, afinal já sabia do apoio do DEM. E considerou muito natural uma aliança de aparentes opostos. Até porque aliança que mereça tantos comentários assim só quando se faz com os opostos.
Disse no meu twitter que não entendo tanto bafafá em torno dessa aliança tão presumível. Os portais se enchem de comentários contra e a favor, notícias de que Fulano acha isso um absurdo, Cicrano ameaça romper... Quem, afinal, duvidava do apoio do DEM a Ricardo? Nem mesmo Cícero, que apenas alimentava o sonho de continuar com a aliança com os democratas.
Política se faz com alianças - onde foi mesmo que ouvi essa frase???
E aliança é assim mesmo: faz-se com quem estava distante ou indeciso.
Não vejo motivo pra tanta zoada em torno da "incoerência" dessa aliança. Nem dessa, nem de nenhuma outra. Se for para demonizar a junção de forças até então opostas, então que se julgue incoerentes todos os políticos e seus métodos.
Pensando bem... Onde já se viu coerência na política?

Um comentário:

Leo.... disse...

O que eles (os políticos) chamam de dinamismo à falta de coerência na política, eu chamo de sem-vergonhice... Porém, se houvesse uma aliança entre Uribe e FARC, Osama e Bush, Torcidas do Grêmio e Internacional, Vasco e Flamengo, só pra derrubar Maranhão e seus asseclas, eu iria aplaudir.